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domingo, 16 de junho de 2013

DIFERENÇA ENTRE MÉDIUNS ESPÍRITAS E DE UMBANDA

NÃO HÁ SEPARATIVIDADE
Evidentemente, sabeis que não há separatividade nem competição entre os espíritos benfeitores, responsáveis pela espiritualização da humanidade. As dissensões sectaristas, críticas comuns entre adeptos espiritualistas, discussões estéreis e os conflitos religiosos, são frutos da ignorância, inquietude e instabilidade espiritual entre os encarnados.
Os Mentores Espirituais não se preocupam com a ascendência do Protestantismo sobre o Catolicismo, do Espiritismo sobre a Umbanda, dos Teosofistas sobre os Espíritas, mas lhes interessa desenvolver nos homens o Amor que salva e o Bem que edifica!

OS HOMENS DEVEM RESPEITAR A PREFERÊNCIA ALHEIA
Todas as coisas são exercidas e conhecidas no tempo certo do grau de maturidade espiritual de cada ser. Em consequência, ser católico, espírita, protestante, umbandista, teosofista, muçulmano, budista, hinduísta, esoterista, ateu não passa de uma experiência transitória em determinada época do curso ascensional do espírito eterno!
As polêmicas, os conflitos religiosos e doutrinários do mundo não passam de verdadeira ilusão.
É tão desairoso para o católico combater o protestante, ou o espírita combater o umbandista, como em sentido inverso, pois os homens devem respeitar-se mutuamente na preferência alheia, segundo o seu grau de entendimento espiritual.

SECTARISMO É UM RESÍDUO DO PRIMITIVISMO

O sectarismo religioso, como todo sectarismo, não é mais que um resíduo das fases primitivas da evolução humana. À proporção, porém, em que a humanidade evoluí, o espírito humano se larga, superando barreiras e destruindo fronteiras. O homem se universaliza. Sua mente se abre a uma compreensão mais ampla do mundo.
Para o sectarista, só os da sua seita prestam, só eles estão certos e merecem proteção de Deus.

O ESPIRITISMO É UNIVERSALISTA
o Espiritismo é doutrina universalista porque o principal motivo de sua atuação e existência são os acontecimentos e problemas derivados do Espírito, isto é, da entidade universal.
O Espiritismo é universalista, mas não lhe cabe a culpa se alguns espíritas desmentem essa salutar conceituação e desperdiçam seu precioso tempo no julgamento e agressividade mental aos demais trabalhadores da espiritualidade.
O Espiritismo não se proclama o único meio de salvação humana, nem se diz o detentor exclusivo da verdade. Do ponto de vista espírita, todas as religiões são formas de interpretação da suprema verdade, e todas conduzem o homem a Deus, quando praticadas com sinceridade.
O que importa, como dizia Kardec, não é a forma, mas o espírito. De uma vez por todas, os espíritas precisam libertar-se dos resíduos sectaristas.

O AMOR É A MAIOR VERDADE
Em outras palavras, é completamente inútil o combate que movemos contra as idéias que não admitimos. A verdade é uma só e, um dia, raiará para todos, como o Sol que aquece e ilumina todos os quadrantes do Planeta.
O que o Cristo espera de seus tutelados é a união de propósitos em torno do bem, é o trabalho incessante em favor de nossa iluminação individual, é a promoção intelectual, moral e espiritual de nossos irmãos em humanidade.
Somente praticando a fraternidade e a tolerância poderemos ajudar a construção do mundo sem barreiras que será o Reino de Deus na Terra.
Recordemos do que nos disse o apóstolo Paulo: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor nada serei; Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência, se eu não tiver amor nada serei; Ainda que tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei e nada disso se aproveitará”.

ORIGEM DO MEDIUNISMO
A Africa foi colonizada em parte pela India e pelo Egito, que desde a antiguidade praticavam o mediunismo..
Portanto o Afro-mediunismo tem suas origens no antigo Egito e na India. O Afro-mediunismo foi trazidos para o Brasil através dos escravos a partir do ano de 1600.
O Espiritismo surgiu na França em 1857 e veio para o Brasil próximo ao ano de 1900. Portanto a origem da Umbanda e do Candomblé nada tem de haver com o Espiritismo.

ORIGEM DA UMBANDA
A Umbanda, é um movimento de natureza religiosa e mediúnica, que alguns tentam atribuir-lhes sua origem a fontes iniciaticas do Egito, da cadéia ou da Índia.
O certo é que a doutrina de Umbanda, atualmente praticada no Brasil, deriva fundamentalmente do culto religioso com raízes exclusivamente africanas, que fundiu suas crenças supersticiosas e intercâmbio com os antepassados, na mistura do culto católico, de ritos e práticas ocultas dos ameríndios. Ademais, esse sincretismo religioso ainda influenciou-se fortemente pelo Espiritismo, adotando-lhe algumas práticas, preces e postulados.

ESPIRITISMO NÃO ADOTA NEM CONDENA AS PRÁTICAS EXTERIORES
O Espiritismo não adota em seu seio o uso de símbolos, ritos, hierarquias religiosas, práticas feitichistas, adorações, cantos folcloricos, porque a sua composição doutrinária cuida precipitualmente de libertar o Espírito de formas transitórias do mundo.
O Espiritismo, como sistema ou doutrina dos Espíritos, firma os seus postulados nas bases principais transmitidas do Além, enquanto a Umbanda, na atualidade, ainda é sincretismo religioso, ritos e costumes religiosos de diversas raças e povos. Mas não se pode censurar o uso de tais apetrechos, cerimônias e costumes primitivos na Umbanda porque trata-se de movimento espiritualista com práticas e princípios diferentes da codificação Espírita Kardecista
.
RELIGIOSOS VINCULADOS ÀS PRÁTICAS EXTERIORES ACOMODAM-SE MELHOR NA UMBANDA
Não pretendemos fazer distinções de qualidade espiritual ou doutrinária entre Espiritismo e a Umbanda; porém assinalamos que os crentes de outras religiões acomodam-se mais facilmente nos terreiros, porque ali encontram um sucedâneo para expressar a sua emotividade religiosa.
Os religiosos ainda vinculados à adoração de imagens, a rituais, cânticos, incenso, ladainhas, promessas, velas, santos e outros aparatos do culto exterior, encontram na Umbanda um clima algo familiar, que os acostumam no intercâmbio com os espíritos desencarnados, não sendo difícil mais tarde, a sua adesão fácil aos postulados do Espiritismo codificado por Allan Kardec.
Aprendem, com os pretos-velhos e caboclos, a realidade da doutrina da Reencarnação e da Lei do Carma, que não aprendiam antes nas igrejas e templos religiosos.

FAMILIARIZA-SE COM OS CONCEITOS SEM DAR UM SALTO BRUSCO
Embora o Espiritismo ofereça compensações elevadas no campo da espiritualidade mais pura, é sempre mais difícil a este tipo de religioso abandonar sua igreja com suas imagens, luzes, flores e cânticos. É um salto muito brusco para este tipo de religioso, seria deixar de modo muito súbito tudo que lhe é tão familiar e simpático.
Durante o estágio da Umbanda ele familiariza-se com a técnica das comunicações, aprende as sutilezas do mundo invisível e confia na proteção dos "caboclos" ou "pretos-velhos", entre santos e rituais que lhe são simpáticos.

ESPIRITISMO E UMBANDA SÃO MUITO DIFERENTES
Não é conveniente confundir ambos os gêneros de trabalho e função do Espiritismo e da Umbanda. O Espiritismo abrange o conjunto de criaturas que já se mostram em condições de ativar o seu progresso espiritual independentemente das formas do mundo; Não tem rituais e nem se preocupa com exterioridades e problemas de ordem exclusivamente material.
A Umbanda, no entanto, é mensagem endereçada aos homens que ainda requerem o ponto de apoio no rito, das imagens, dos símbolos e do fenômeno mediúnico, para focalizar a sua emotividade religiosa.
Mas não importa se o indivíduo é espiritista ou umbandista, porém, interessa a sua conduta e o seu procedimento junto à humanidade! Ninguém vale pela sua crença, mas sim pelas suas obras.
 
UMBANDA É MEDIUNISMO, MAS NÃO É ESPIRITISMO!
É doutrina que admite a Lei da Reencarnação e o processo de Causa e Efeito do Carma, merecendo também os mais sinceros louvores pelas curas dos enfermos e obsidiados.
Juntamente com as falanges de Espíritos primários ou pagãos, também operam na Umbanda Espíritos de elevada estirpe espiritual, confundidos entre pretos velhos, caboclos, índios ou negros, originários de várias tribos africanas. Os mentores de Umbanda, no momento, preocupam-se em eliminar as práticas obsoletas, dispersivas e até censuráveis, que ainda exercem os umbandistas alheios aos fundamentos e objetivo espiritual da doutrina.

UMBANDA ATUA NO ASTRAL MAIS DENSO
Os trabalhos mediúnicos de Umbanda ajudam a atenuar as violências das entidades cruéis e vingativas que se aglomeram sobre a crosta terráquea.
As equipes de caboclos, índios e pretos velhos experimentados constituem-se na corajosa defensiva, segregando as entidades demasiadamente perversa quem não sabem viver entre as outras criaturas. O Espiritismo, como a Umbanda, apesar do seu labor mediúnico diferente, ambos cumprem determinações do Alto e tendem para o mesmo objetivo em comum.
Enquanto a Umbanda aperfeiçoa a prática mediúnica no campo da fenomenologia mais densa do astral inferior; O Espiritismo doutrina os homens para a sua libertação definitiva das formas do mundo transitório da carne! Malgrado a aparência de ambos se contradizerem, a Umbanda ajusta o vaso e o Espiritismo asseia o líquido; a Umbanda aprimora a lâmpada e o Espiritismo apura a chama!

Obs: Texto encontrado na internet. Caso conheça a fonte, por gentileza, nos informe.

CUIDADO!!! VOCÊ NÃO DEVE SER UMBANDISTA!!!

Por Alexandre Cumino

Ser Umbandista é amar a Deus acima de todas as coisas!!!
Ser Umbandista é amar a natureza e respeita-la, pois Deus esta lá!!!
Ser Umbandista é reconhecer que os Orixás são Potências de Deus, Divindades, que manifestam as qualidades do Criador de Tudo e de Todos!!!
Ser Umbandista é ser amante da sabedoria, da virtude, da justiça e da humanidade!!!
Ser Umbandista é ser amigo dos pobres, desgraçados que sofrem, que choram, que tem fome e chamam pelo direito de justiça!!!
Ser Umbandista é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano!!!
Ser Umbandista é levar para o terreno prático,
aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e todos os séculos, que diz com infinita ternura aos homens de todas as raças, desde o alto de uma cruz e com os braços abertos ao mundo: “Amai-vos uns aos outros, formai uma só família, sede irmãos!!!
Ser Umbandista é pregar a tolerância; praticar a caridade sem distinção
de raças, crenças ou opiniões, é lutar contra a hipocrisia e o fanatismo!!!
Ser Umbandista é viver para a realização da Paz Universal, tendo pelos encarnados o mesmo respeito que se dedica aos desencarnados!!!
Ser Umbandista é ter uma crença religiosa sem tabus ou preconceitos, fundamentada na ética e no bom senso, sem ferir os valores dos bons costumes!!!
Ser Umbandista é respeitar a máxima que diz “somos imagem semelhança de Deus”, vendo Deus na presença do semelhante e em nós, através de nossas virtudes de Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração!!!
Ser Umbandista é reconhecer que as religiões são as chaves de Deus para abris os corações dos homens e que são muitos corações, diferentes uns dos outros, assim como as religiões, mas que é apenas um o Chaveiro Divino, que está em todas as religiões!!!
Ser Umbandista é dar de graça o que de graça recebemos!!!

SE VOCÊ NÃO REUNE ESTAS CONDIÇÕES,
AFASTE-SE DA UMBANDA!!!


Texto adaptado do original: “Cuidado! O Senhor Não Deve Ser Maçom”, publicado em “A Voz do Vale do Rio Grande”, Paulo de Faria, SP, em 04 de Janeiro de 1976 e de autor desconhecido.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Se eu sair, o terreiro fecha!

Esse é um texto do Pai Rodrigo Queiroz e tem circulado na internet. Muitos de vocês já devem ter lido, mas devido a importância de seu conteúdo, postarei novamente aqui no blog.

Abraços a todos

Saravá



Se eu sair, o Terreiro Fecha!
Por Rodrigo Queiroz

É comum que depois de algum tempo que uma pessoa está num terreiro, mesmo que em pleno desenvolvimento mediúnico, ela pense que é insubstituível. Isso é muito comum. O indivíduo tem a sensação clara de que se ela deixar o terreiro, o mesmo não sobreviverá, não conseguirá dar continuidade aos atendimentos e/ou coisa parecida. Ela começa a se achar vítima do sacerdote, dos médiuns mais antigos, dos seus irmãos de fé e até da consulência. Ela começa a ter um desejo inconsciente de "punir o terreiro" através da sua saída, pois ela terá a certeza que todos virão de joelhos implorar a sua volta.

Sei de pessoas que ficaram totalmente decepcionadas e mesmo depressivas ao verem que o terreiro em que eram membros sobreviveu à sua saída e que alguns meses depois nem se lembravam mais dela. Geralmente essas pessoas começam a falar muito mal do terreiro, do sacerdote e até mesmo inventam boatos dizendo que o terreiro está com problemas espirituais, administrativos, de moralidade ou outros quaisquer e por isso ela o deixou.

Conheço pessoas que ao deixar seus terreiros comentaram ter absoluta certeza de que seus "ex-sacerdotes" viriam correndo oferecendo um "cargo" ou alguma regalia para que voltassem. Um homem que conheci, não aceitou o convite de frequentar a corrente mediúnica de outro terreiro dizendo estar aguardando o telefonema do sacerdote pedindo sua volta. Eles não conseguirão sobreviver sem mim, afirmou ele.


Meses depois, ele não frequentava nenhum lugar ainda, outros do tipo abrem seus próprios terreiros...

Quero deixar claro que esse sentimento de ser insubstituível é natural em muitas pessoas, pois elas realmente são pessoas-chave para os terreiros em que frequentam. De fato, seus sacerdotes sentirão muito a sua saída. De fato elas farão falta. Mas cuidado para não cair nessa armadilha.

Da mesma forma e com a mesma gravidade, conheço sacerdotes que acreditam que os médiuns e membros do terreiro jamais deixarão sua corrente mediúnica e dizem: "ele não encontrará terreiro igual a este" ou ainda "ninguém o aceitará e ele voltará de joelhos pedindo para ser aceito".

Os dois lados se enganam. A verdade é que nem membros, nem sacerdotes são insubstituíveis e é preciso ter muita humildade, calma, paciência e, principalmente, muito equilíbrio para entender essa verdade.


Reflita sobre isso!

(texto adaptado do original "Se eu sair, minha empresa fecha" de Luis Marins)

sábado, 24 de novembro de 2012

Morrer e nascer muitas vezes na Umbanda

  1. Por Alexandre Cumino


    O mundo ocidental, essencialmente capitalista, molda a mentalidade do homem moderno e sua forma de ver o mundo, no qual tudo está aí para ser consumido. E muitos chegam ou procuram a Umbanda com esta mesma mentalidade.

    “Tipo assim”... sabe...:
    Nº 1: Limpeza espiritual
    e corta demanda.
    Nº 2 Orientação e Prosperidade.
    Nº 3 Abre Caminho e Sorte no Amor.


    Se puder falar o quanto custa, me¬lhor! Sem comprometimento, sem envolvi¬mento, sem doutrina ou reflexão.

    Muitos chegam assim na Umbanda, e outros, “umbandistas”, saem da Umbanda quando crêem que está “demorando muito” para receber Nº 1, o Nº 2 ou o Nº 3.

    Alguns, quando percebem que a Umbanda não os servirá em seus propósitos de desavença, vingança, amarrações e outros “trabalhinhos”, facilmente encontrados nos classificados “marronzinhos” ou nos postes, que prometem sorte, dinheiro, amor e poder em 24 hs.
    O curioso é que, muitas vezes, nem as pessoas que oferecem tais coisas as possuem. Como oferecer algo que não se tem, como dar o que não pode ser possuído, comprar o que afinal? Dinheiro só compra dinheiro na bolsa de valores, dinheiro só compra amor na obra de Nelson Rodrigues, dinheiro só compra espiritualidade superficial para agradar o ego... o ego espiritual.

    No caso da Umbanda podemos e devemos dizer o que ela tem para dar: HUMILDADE, AMOR e CARIDADE. Como caminho para PAZ, HARMONIA e EQUILÍBRIO  conquistados na busca em dar um sentido para a vida que é em si a leitura da mesma de uma perspectiva espiritual, mágica e divina. Para tal é preciso disciplina, doutrina e muita vontade de aprender, morrer e nascer outra vez, muitas vezes.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ensinamentos da Caboclinha Ynajara


Em um dia de gira fechada, só para os médiuns da casa, a caboclinha Ynajara nos presenteou com sua presença e belos ensinamentos.
Solicitou aos médiuns que ficassem um atrás do outro, formando uma fila e colocassem as mãos no ombro do irmão que estivesse na frente.
Então, a caboclinha disse:
"Filhos, imaginem agora que vocês dentro de um barco que está no mar"
E, segurando o primeiro médium da fila, o levava para um lado e para o outro. Consequentemente, toda a fila seguia o movimento. Continuou:
-Vem uma onda e leva o barco para um lado e depois para o outro... Vocês, filhos, aqui nesta casa, estão todos juntos, assim como se estivessem em um barco... para onde um vai, todos vão. Por isso é preciso ter paciência, esperar por aqueles que vão mais devagar, pois todos precisam estar juntos para que o barco siga na mesma direção.
Imaginem que vocês estão com remos nas mãos para conduzir este barco.
Tem filho que rema mais forte, tem filho que rema mais devagar e tem filho que não rema. Todos fazem parte desta família e todos devem remar no mesmo compasso, se não, o barco não sai do lugar.
Se um rema para um lado e outro rema para o outro, para onde vai o barco?
Por isso também é preciso que todos remem na mesma direção.
É preciso que cada um abra o seu coração, o inunde com o amor divino de mamãe Yemanjá e olhe para o seu irmão como sendo parte de você. As diferenças existem, mas devem ser superadas, para que o barco possa ser conduzido e chegue ao seu destino.
O destino deste barco meus filhos, é lá em alto mar, na morada de Nossa Mãe. E quando lá chegarem, vocês sentirão os braços da Mãe Divina envolvendo a cada um com tanto amor,fazendo com que vocês sintam tanta calma e tanta alegria que nunca mais irão querer deixá-la"

Quando a caboclinha encerrou, ao fechar os olhos podíamos até sentir o cheiro da brisa do mar.



terça-feira, 13 de novembro de 2012

A água



A água é verdadeira fonte de vida e vida com abundância. Com o ar, ela forma o conjunto de elementos essenciais para a nossa existência.Alguns poucos seres sobrevivem em meios sem ar (anaeróbios), mas nenhum vive sem água. Sabemos que a maioria dos animais, e entre eles o homem, são gerados e desenvolvem seus primeiros meses de vida mergulhadas em água, na bolsa gestacional das suas futuras mães. As plantas necessitam de água para germinar suas sementes, crescer e frutificar durante toda a sua existência. O próprio corpo humano é constituído por água em sua maior parte. A água serve para nos purificar, embelezar, higienizar, refrescar, reanimar e saciar a nossa sede.
De acordo com a concepção Hindu, as águas são femininas. São o aspecto procriador e maternal do absoluto e o lótus cósmico é o seu órgão gerador. Na Umbanda sagrada, a água representa a purificação e corrente energética divina que alimenta e reequilibra os seres, dando continuidade à procriação e à vida. Podemos utilizar a água de varias maneiras, obedecendo sempre à determinação do Trono Regente, para seu uso correto e propósito.

A água flui a corrente elétrica divina, gerando nela a energia da vida, por onde é conduzida. Quando imantada ou fluidificada, seu poder gerador se expande, ampliando a força de suas correntes elétricas, unindo-as a outros elementos, como sais, ervas e pedras.
Quando bebemos água imantada ou fluidificada, ela corre pela corrente sanguínea, passando uma energia azul-celeste por toda a pessoa, revitalizando a aura que, por segundos, fica com a primeira camada na cor de azul neon. Essa água, ao ser ingerida, começa a regenerar os órgãos energeticamente deficientes. Ela percorre todo o cérebro, indo ate a glândula pineal, onde inicia um processo de aceleração que envia e devolve automaticamente ondas de comando ao cérebro  Ela manda uma intensidade maior de ondas para as partes deficientes do órgão  realizando um processo de limpeza que vai de dentro para fora. Isso propicia á pessoa uma sensação de paz, leveza e bem estar, pois a água coleta “resíduos” energéticos que são eliminadas através da urina e das fezes.
Como banho, limpa, vitaliza e reequilibra o ser. Quando a água imantada ou fluidificada é utilizada para banhos e rituais com ervas, limpa as camadas da aura e, ao chegar a primeira delas, vai alinhando a energia de toda a aura da pessoa, deixando essas camadas equilibradas e harmônicas. Esse processo se inicia na coroa (cabeça) passando por toda a coluna (espinha dorsal) e descarregando (na altura dos joelhos), como um para-raios no chacra básico  jogando essa energia para a terra.
Na materialidade, beber quantidades adequadas de água diariamente promove o equilíbrio orgânico, facilitando o trabalho das glândulas supra renais e dos rins, que passam a eliminar as substancias não aproveitadas pelo organismo, evitando que toxinas se acumulem no corpo, podendo trazer algum tipo de anomalia ou doença, em certo espaço de tempo.
É um meio de cura ou harmonização para o corpo, a mente, a alma, o espirito, as emoções; é um modo importante de se manter a saúde, pois:
* É a melhor bebida para a sede, além de promover o equilíbrio entre as substancias úteis e bem aproveitadas pelo organismo e as toxinas que devem ser eliminadas.
* É remédio para acalmar nervos abalados: bebe-se água com açúcar.
* É grande elemento relaxante: tomar uma ducha de água fria ou quente; nadar para tirar as tensões; ouvir o barulho das águas correntes de um rio, as quedas de uma cachoeira; ouvir as ondas do amor ou dormir com o barulho gostoso de chuva caindo no telhado.
Fonte: Livro Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista
Coordenação de Lurdes de Campos Vieira e Supervisão de Rubens Saraceni

A Cambone



 

Fonte: Terreiro Pai Maneco
Cambone é uma atividade exercida nos terreiros de Umbanda e que merece uma atenção especial dada a sua importância como auxiliar das entidades, dos médiuns e dos dirigentes do Terreiro.
Como auxiliar das entidades, cabe ao cambone ser o interprete da mensagem entre a entidade e o consulente, além de um defensor da entidade e da integridade física do médium. Cabe a ele cuidar do material da entidade, orientar o que acontece em sua volta e também ajudar o entendimento do consulente, pois a linguagem do espírito nem sempre é entendida, mas ao cambone fica claro já pela sua intimidade com o comportamento do espírito que ele serve.
Por outro lado a posição do cambone nem sempre é confortável pois algumas vezes cabe a ele fiscalizar também o comportamento da entidade que, se por uma razão ou outra, fugir da normalidade deve imediatamente avisar a direção do terreiro. O limite da intimidade do consulente com o espírito ou o médium deve ser fiscalizado pelo cambone para evitar mal entendidos e desajustes de informações. Finalmente ao cambone é dada uma oportunidade especial de conhecer mais a Umbanda e a forma das entidades trabalharem porque seu contato é direto. Como o cambone tem como obrigação ouvir o que o espírito ouve e fala, seu conhecimento, em cada consulta, aumenta consideravelmente.


Funções

£  Servir a entidade e ao médium
£  Colaborar material e espiritualmente com o médium e com a entidade, antes, durante e depois do trabalho.
£  Orientar o consulente quando não entende, banhos, entregas, novas consultas, vibrações e o que for necessário.
£  Prestar muita atenção na consulta, para não ser infringida nenhuma regra ou regulamento da casa, e notando alguma anormalidade deve ser comunicado a chefe de cambone ou à hierarquia e, conforme o caso, o pai-de-santo.
£  Deve apresentar honestidade e sigilo absoluto, não devendo nunca contar a ninguém o teor das consultas.
£  Não pode incorporar quando está atendendo a uma entidade, exceto quando autorizado pela entidade a quem estiver servindo.


Antes e durante os trabalhos:

£  Levar todo material da entidade para seu respectivo lugar no terreiro (pemba, velas, ponteiros, bebida, fósforo, tabua, charutos, palheiros, cigarros, ervas, e eventuais outros materiais)
£  Servir a  entidade em tudo que ela precisar.
£  Não deixar de ouvir, mesmo que por solicitação do consulente, as consultas feitas às entidades e as respostas por elas dadas. Em caso de determinação da entidade para se afastar durante uma consulta, avisar imediatamente o pai-de-santo ou a entidade que nele estiver incorporada.
£  Durante a vibração, ficar atento à entidade e ao trabalho que ela realiza, sem contudo ser necessário ficar ao lado da entidade, a não ser que a mesma solicite.
£  Autorizado o atendimento, enquanto risca o ponto e firma seu trabalho, fornecendo-lhe os materiais necessários.
£  Conversar com a entidade quanto ao numero de consultas e o tempo disponível, sendo que ele não pode dizer para a/o consulente.

Após os atendimentos:

£  Conversar com a entidade, pedindo orientações quanto ao destino das sobras de material utilizado.
£  Levantar o ponto riscado da seguinte forma: retirar ponteiros, velas e outros materiais do ponto, e jogar cachaça sobre o ponto riscado, em forma de cruz, e com as mãos, apagar o ponto riscado. Depois pode retirar do local e limpar na torneira da pia com água.
£  Guardar e recolher o material, deixando o local limpo.


Orientações gerais:

£  Ao se locomover pelo ambiente do ritual não furar nem costurar a corrente, evitando bater nos médiuns.
£  Ao afastar-se da função, seja por um período ou não, auxiliar o novo cambone, passando orientações a respeito do trabalho com as entidades.
£  Não aproveitar-se da função para fazer consultas em nome de parentes, amigos, sobrecarregando o trabalho das entidades.
£  Não manter diálogo com  assistência.
£  Qualquer dificuldade em orientar os consulentes, pedir auxilio a hierarquia
£  Não atrapalhar o encerramento dos trabalhos levantando o ponto ou guardando os materiais.
£  Durante a abertura e encerramento dos trabalhos, todos devem estar na corrente.


Cambones:

£  Servir também é um aprendizado.
£  O trabalho do cambone  é tão importante quanto ao do médium e entidade.
£  A responsabilidade mediúnica do cambone é tão importante quanto a de qualquer outro médium.
£  O médium que camboneia, não atrapalha seu desenvolvimento. A experiência como cambone lhe é importantíssima no aprendizado.
£  Orientar a entidade quanto aos cuidados com o médium.
£  Avisar de qualquer situação constrangedora a hierarquia.
Levantar o perfil das entidades, visto que quem esta de fora, tem maior percepção e entendimento da entidade.