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sábado, 24 de novembro de 2012

Morrer e nascer muitas vezes na Umbanda

  1. Por Alexandre Cumino


    O mundo ocidental, essencialmente capitalista, molda a mentalidade do homem moderno e sua forma de ver o mundo, no qual tudo está aí para ser consumido. E muitos chegam ou procuram a Umbanda com esta mesma mentalidade.

    “Tipo assim”... sabe...:
    Nº 1: Limpeza espiritual
    e corta demanda.
    Nº 2 Orientação e Prosperidade.
    Nº 3 Abre Caminho e Sorte no Amor.


    Se puder falar o quanto custa, me¬lhor! Sem comprometimento, sem envolvi¬mento, sem doutrina ou reflexão.

    Muitos chegam assim na Umbanda, e outros, “umbandistas”, saem da Umbanda quando crêem que está “demorando muito” para receber Nº 1, o Nº 2 ou o Nº 3.

    Alguns, quando percebem que a Umbanda não os servirá em seus propósitos de desavença, vingança, amarrações e outros “trabalhinhos”, facilmente encontrados nos classificados “marronzinhos” ou nos postes, que prometem sorte, dinheiro, amor e poder em 24 hs.
    O curioso é que, muitas vezes, nem as pessoas que oferecem tais coisas as possuem. Como oferecer algo que não se tem, como dar o que não pode ser possuído, comprar o que afinal? Dinheiro só compra dinheiro na bolsa de valores, dinheiro só compra amor na obra de Nelson Rodrigues, dinheiro só compra espiritualidade superficial para agradar o ego... o ego espiritual.

    No caso da Umbanda podemos e devemos dizer o que ela tem para dar: HUMILDADE, AMOR e CARIDADE. Como caminho para PAZ, HARMONIA e EQUILÍBRIO  conquistados na busca em dar um sentido para a vida que é em si a leitura da mesma de uma perspectiva espiritual, mágica e divina. Para tal é preciso disciplina, doutrina e muita vontade de aprender, morrer e nascer outra vez, muitas vezes.

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